sexta-feira, 28 de novembro de 2014

#TEVE-COPA-E-A-MELHOR-DE-TODAS

NÃO VAI TER COPA! NÃO VAI TER COPA! Essas quatro palavras não saíam da minha cabeça, como um mantra maligno a me tirar o sono e a paz! E eu, que estava tão animada com os vários alugueis confirmados, com tantos turistas estrangeiros ansiosos por conhecer o Brasil, e principalmente o Rio de Janeiro…eu, que já tinha ficado “amiga” de muitos deles, pois um ano antes da Copa eles já haviam feito as suas reservas e nossas conversas por telefone, e-mail e whatsapp foram se tornando cada vez mais frequentes!!! E agora, o que iria acontecer? O que eu poderia fazer? Cada vez mais o estresse e as incertezas foram se somando, numa TPM (TENSÃO PRÉ-MUNDIAL) crescente e insuportável!!!
 
Eu trabalho com aluguel por temporada há cinco anos, e por causa da Copa do Mundo, além dos meus imóveis administrei mais seis, de amigas que se interessaram pela oportunidade imperdível de ganhar um extra (e bota extra nisso!), por conta deste grandioso evento, que estava atraindo a atenção de muitos turistas ao redor do mundo! A paixão pelo futebol, aliada à curiosidade de conhecer um destino “exótico” e ensolarado, com um povo simpático e atencioso, formaram a mistura perfeita para essa bem-vinda invasão estrangeira!
Dizem que a audiência global de uma Copa do Mundo gira em torno de 2,5 a 3 bilhões (isso mesmo, BILHÕES!) de telespectadores! Muito interessante, quase inacreditável, mas agora este dado só servia para me atormentar ainda mais! Imagina esse povo todo vendo, em tempo real, e por várias mídias diferentes, o grande fracasso da nossa Copa? Não só os estádios, os aeroportos e os meios de transportes não estavam totalmente prontos, como também pairava no ar a grande ameaça das manifestações de rua, que botariam tudo a perder!
E aí veio a inevitável e já esperada enxurrada de e-mails, mensagens de whatsapp e telefonemas da “gringolândia”, assustadíssima com as más notícias que repercutiam lá fora, como uma bomba relógio prestes a explodir!!! Mal sabiam que eu aqui estava muito mais apavorada do que eles lá! Juro que a minha preocupação maior, num primeiro momento, não foi com a possibilidade deles desistirem e cancelarem tudo, mas sim com a péssima imagem que o nosso país mostrava para o mundo! Atrasos em obras ou até a não conclusão delas e greves de funcionários aconteceram em quase todas as Copas anteriores, mas mortes de operários e manifestações violentas de um povo descontente, em várias cidades do país, só houve por aqui!
Esclareço logo que o meu relato aqui é puramente turístico, então não me cabe ir fundo por nenhuma linha política, sobre se fui/sou contra ou a favor das manifestações, mas penso que tivemos bastante tempo para reclamar antes, então na minha opinião já era tarde demais para isso! E eu, particularmente, queria muito que o evento acontecesse da melhor maneira possível, pois aaaamo futebol! E esta seria uma experiência única!
Pois bem, os dias foram passando, a minha aflição só aumentando e eu botando panos quentes ao responder as inúmeras mensagens que me chegavam. Eu falava do contingente extra de reforços estaduais, municipais e federais quanto ao policiamento das ruas e dos estádios. OK, eles foram se aquietando, mas eu não!!! E foi aí que, por coincidência das coincidências (será?), encontrei uma amiga justamente num dia de muito baixo-astral da minha parte, por conta das manchetes negativas em vários jornais e revistas importantes mundo afora. A renomada revista France Football, a mais respeitada sobre o assunto, no mundo, e que sempre traz capas ilustradas com imagens de lances sensacionais, gols, troféus, torcidas animadas, chegou ao cúmulo de sair com uma edição com a capa preta, num sinal de luto! O artigo falava da eminente ameaça de não ter Copa do Mundo no Brasil, por causa da revolta da população contra os superfaturamentos das obras pelos políticos e empreiteiras, etc, etc. A gente sabia que quase tudo era verdade, mas esta capa preta com a manchete “O Mundial do Medo”(Peur sur le Mondial), com a bandeira do Brasil na letra “o”, me deixou muito, muito mal… Abaixo do título se lia: “Atingido por uma crise econômica e social, o Brasil está longe de ser aquele paraíso imaginado pela FIFA para organizar uma Copa do Mundo. A menos de cinco meses do mundial, o Brasil virou uma terrível fonte de angústia”. Para mim também!!!
A revista alemã Der Spiegel também publicou uma edição que trazia na capa uma Brazuca pegando fogo e cruzando o céu da Baía de Guanabara! Dentro, vinha uma reportagem de dez páginas, assinada por Jens Glüsing, cuja manchete era A morte e os jogos. Era um alerta explícito sobre os riscos que rondavam o Mundial. Dali em diante, muitas outras publicações, nacionais e internacionais, adotaram a mesma linha pessimista, apontando falhas em estádios, aeroportos e esquemas de segurança. Um baixo astral só…
Voltando à minha amiga, ela trabalha num órgão importante do governo e é uma pessoa muito séria, honesta e fidedigna, e me disse que a população não tinha ideia do esquema monumental que sempre está por trás da organização da Copa do Mundo, em termos de infra-estrutura, logística e segurança. Segundo ela, que fazia parte desta engrenagem, numa missão super, ultra, mega top-secret (tão secret que ela nem pôde me dar detalhes mais profundos!), a FIFA tem um staff fixo há anos, com pessoas de vários lugares do mundo especializadas em inteligência e contra-terrorismo, especificamente para grandes eventos. Tudo o que ela me dizia era meio vago e não podia ser mais aprofundado por medidas de segurança, mas me foi dito com tanta ênfase e credibilidade, que realmente saí do nosso encontro muito mais leve e tranquila!
Depois disso, finalmente passei a ter mais serenidade e foco para receber os meus hóspedes da melhor maneira possível, como eles mereciam, ufa! Aí então, com muito mais entusiasmo, comecei a preparar para eles um “Kit Copa”, que consistia em uma sacola com as bandeiras de todos os países que participaram do campeonato, um DVD com incríveis imagens aéreas da cidade do Rio de Janeiro, um guia turístico bilíngue + mapa da cidade, chaveiros do Fuleco (o tatu-bola que era a nossa mascote), um bowl com a bandeira do Brasil e vários pacotes de pipoca. Ah, também apresentei o nosso famoso Guaraná Antártica, e eles amaram!
 
A maioria dos meus hóspedes era composta por americanos (19), seguidos por ingleses (12), franceses (7), canadenses (5), australianos (4), brasileiros (4) alemães (2), colombianos (2), venezuelanos (2), escocês (1: louco por cerveja e pelo futebol brasileiro) e um único casal argentino! Sobre os americanos, o meu maior contingente, fiquei particularmente surpresa em ver como eles adoram futebol e como este esporte está crescendo cada vez mais nos Estados Unidos! Nesta última Copa a audiência do jogo USA 2 x Portugal 2 superou as do campeonato de basquete da NBA e do campeonato de beisebol de 2013!!! Até o presidente Barack Obama foi filmado assistindo ao jogo entre o seu país e a Alemanha, a bordo do Air Force One! É, eles estão tomando gosto e em breve vão começar a apresentar bons resultados e a atrapalhar muita gente…
O primeiro grupo de americanos a chegar ao Brasil, no dia 14/06, era composto por pai (treinador de futebol), mãe, filho de 12 anos e filha de 10, sendo que as duas crianças jogavam futebol desde bem pequenas. Todos chegaram vestidos com a camisa oficial da nossa seleção, e especialmente a menina era um “arraso” com a bola! Esta era a terceira Copa do Mundo que o casal assistia in loco e a primeira das crianças! Fiquei surpresa e lisonjeada com a simpatia, o conhecimento e a paixão que eles têm pelo nosso futebol. Tanto que Emily, a mãe, escreveu um artigo para o jornal da cidade dela contando sobre a experiência vivida por eles no nosso país. Num determinado trecho ela diz: “…So we started planning what would be one of the most amazing experiences of our lives!” (e então nós começamos a planejar o que seria uma das melhores experiências das nossas vidas!). O restante do texto na íntegra e com fotos vale a pena ser lido, principalmente para elevar a nossa auto-estima!!! Veja a simpática família abaixo:
A família chegou bem cedo e já havia uma van esperando por eles no aeroporto, com um motorista muito simpático que eu indiquei. Antes de seguirem para o apartamento que haviam alugado, o motorista passou primeiro pela minha casa para me apanhar, e assim fomos todos juntos para Copacabana. Eram 7 horas em ponto, de uma manhã ensolarada e muitíssimo clara quando entramos na Av. Atlântica pelo Posto 6, com o Pão de Açúcar e aquele marzão azul à direita, e então uma sequência de Wow!, Look that!, Oh my God!, Unbelievable! foram ouvidos por todo o trajeto! Parece que foi combinado, pois àquela hora de uma manhã de sábado a praia já estava lotada de gente alegre e descontraída, andando pra lá e pra cá, pedalando, praticando esportes, inclusive o “soccer”, colorindo ainda mais o calçadão! Contei essa história toda só para dizer que há muito tempo eu mesma não passava pela praia de Copacabana tão cedo, numa manhã tão radiante, e que essa visão também me surpreendeu e também me fez repetir baixinho, para mim mesma, só que em português, os mesmos Uau!, Olha isso! Meu Deus!, Inacreditável! Se eu estava maravilhada com a luz, o brilho, o céu muito azul, a paisagem, a animação, o alto astral, imagina os americanos?
E foi assim que aconteceu, gringo após gringo, TODOS, sem exceção, se rendendo à beleza exuberante do Brasil e da nossa cidade, e se surpreendendo, também, com a nossa hospitalidade e simpatia! Que o Rio de Janeiro é lindo e o brasileiro super receptivo e bom anfitrião, a gente já sabia, então não haveria como não ser de outra maneira, certo?! Porém, naqueles meses que antecederam a Copa o astral estava bem pesado, o brasileiro estava assustado, as ameaças pairando no ar e aumentando a tensão…tudo parecia que ia dar errado, que a Copa realmente não aconteceria, ou que seria um verdadeiro fracasso por conta da nossa desorganização e, principalmente, pela falta de infra-estrutura e segurança.
Mas aí aconteceu o que aconteceu pelo Brasil afora, aquele show de simpatia e hospitalidade que o mundo viu e que deixou em segundo plano os vários “deslizes” que foram aparecendo pelo caminho! Acho que no nosso inconsciente coletivo se impregnou, espontaneamente, a ideia de que, já que os políticos não fizeram a parte deles, nós é que não deixaríamos de fazer a nossa. Então nós faríamos bem feito! E como caprichamos! E foi aí que ganhamos, de 1000 x 0, jogando contra esses políticos corruptos e incompetentes, que se apropriaram indevidamente da nossa paixão nacional, o futebol, para tirar proveito em causa própria, e encher os respectivos bolsos! E, apesar desses reincidentes pesares, a Copa foi um sucesso na mídia mundial e as matérias sobre os problemas deram espaço à cobertura de uma verdadeira festa, exibindo provas de que o país do futebol foi realmente capaz de sediar o maior evento esportivo do mundo! E aqui entra, finalmente, o meu relato pessoal de que teve Copa sim, e muito, muito mais!
Bem, com doses cavalares de masoquismo, minha aflição já começou em janeiro deste ano, e foi aí que tive a boa ideia de juntar todos os hóspedes que estavam com a vinda confirmada, para juntos sairmos numa excursão particular pelo Rio de Janeiro, mas seguindo por lugares diferentes dos que são largamente oferecidos pelos “city tours da vida”. Queria mostrar para eles que a Copa do Mundo poderia até não dar certo, mas que ter vindo conhecer a Cidade Maravilhosa já teria valido muito a pena. Pretensioso demais, não? Também achei, mas respirei fundo, pisei no acelerador e fui em frente! E “Seja o que Deus quiser, e Ele há de querer” passou a ser o meu novo mantra!
Aí aluguei uma van, tive a sorte de neste pacote ter vindo um ótimo motorista e juntos montamos um roteiro porreta, que fugiria do bom e velho clichê praia-Cristo-Redentor-Pão-de-Açúcar, pois isso qualquer turista poderia fazer por conta própria. Eu queria mais, muito mais! Queria que eles saíssem impactados, desbundados com as nossas paisagens maravilhosas, lá de cima, do meio do verde! Então, o nosso roteiro começaria pela Lagoa Rodrigo de Freitas em direção às Paineiras, tendo como primeira parada estratégica o Mirante Dona Marta, pra já dar um “choque de beleza” quase fulminante na gringolândia.
 
 
E assim foi! E os pobrezinhos capitularam frente àquele Pão de Açúcar enoooorme, que quase dava pra tocar, bem em frente a eles!!! Não satisfeita, eu ainda tinha o Cristo Redentor do outro lado pra mostrar, assim como quem não quer nada: “Ah, olha lá uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno…”. “Como assim, de um lado o Pão de Açúcar e do outro o Cristo Redentor, tudo no mesmo lugar???”, perguntaram perplexos! “Pois é… bacana, né?” respondi sonsamente displicente…
Quase me arrependi da “maldade”, porque foi muito difícil arrancar meus 20 hóspedes de lá para seguir em frente! Quando finalmente conseguimos botar todo mundo de novo dentro da van, seguimos rumo à Mesa do Imperador, Vista Chinesa e Floresta da Tijuca, “a maior floresta urbana do mundo, sabiam?” Pois é, eles não sabiam, assim como não sabiam muitas outras coisas sobre o país e a cidade. Esperando perguntas mil, preparei e distribui previamente um pequeno histórico sobre o país e a nossa cidade! Era um texto de 2 páginas apenas, que deu super certo! Até porque não sou guia de turismo, já saí da escola há algum tempinho e a minha proposta era me divertir também, e não dar uma aula de História do Brasil!
E a cada nova parada era aquele mesmo sofrimento para fazer com que eles voltassem pra dentro da van! E então, umas mil fotos depois, seguimos em direção à Barra da Tijuca, pegando o litoral até a Prainha, última parada antes do almoço. E mais surpresas eles tiveram, vendo um litoral tão extenso, urbano e agreste ao mesmo tempo! E o passeio culminou num restaurante com uma vista deslumbrante da Restinga de Marambaia, e onde há, além disso, uma comida boa, farta, variada, típica e com preços honestos! O grupo que gostava de frutos do mar amou a nossa famosa moqueca com pirão (da farofa, heresia das heresias, eles não gostaram!); o grupo dos carnívoros se fartou com a nossa não menos suculenta e campeã picanha! Até a única vegetariana do grupo se regalou com uma enorme e sortida salada! E todos, sem exceção, adoraram os pasteis de siri e catupiry, como entrada, e o nosso unânime e absoluto brigadeiro, de sobremesa!
A minha sensação ao sairmos de lá foi a de dever cumprido com louvor, onde nem o cansaço atrapalhou! E sobre a Copa, de uma maneira geral, apesar de ter trabalhado muito, consegui me divertir bastante, ganhar um dinheiro extra e ainda fiz vários e bons amigos, sendo que os mais especiais foram: um escocês super carioca, amante do futebol brasileiro, que quase chorou quando eu lhe dei de presente um DVD com os melhores momentos da Copa de 70, sua preferida e razão do início da tal paixão por Pelé e companhia; um casal americano que amou a nossa terra, a nossa casa, a nossa gente e, principalmente, a nossa feijoada!; um casal de alemães muito doces, assim como a sua seleção, e cuja amizade não foi abalada nem pela humilhante surra que levamos daqueles flamenguistas europeus!!! E, como a Copa já estava começando a fazer sucesso na mídia nacional e internacional, daquele dia em diante foi só relaxar e aproveitar!
Conclusões importantes pós Copa:
1) Nunca mais vou sofrer por antecedência como sofri este ano, mesmo que todas as estatísticas e previsões do mundo digam que não vai dar certo! Aliás, eu tinha a obrigação de saber disso, pois em 2009 o Fluminense tinha 98% (noventa e oito por cento!!!) de chance de cair para e 2ª divisão, e não caiu, contrariando todas as estatísticas! E teve Copa! E a melhor de todas!
2) Agora, vou relaxar e me preparar para as Olimpíadas, primeiro porque do grande contingente de turistas que vieram ao Brasil, 74% deles ficaram na nossa cidade; segundo porque todos os meus hóspedes que vieram ao Rio de Janeiro saíram super bem impressionados e afirmaram que vão recomendar aos amigos e que pretendem voltar num futuro próximo!

3) Todos os meus 5 hóspedes canadenses, que moram em Vancouver, uma cidade pra lá de simpática, bonita e agradável, eleita diversas vezes como o melhor lugar do mundo para se viver, afirmaram que gostariam de morar aqui no Rio de Janeiro, encantados que ficaram com as praias, a alegria, a comida e o calor da cidade e dos cariocas! Ouvi o mesmo discurso de mais 4 ingleses e 4 americanos! Esses mesmos canadenses já participaram de 6 (sim, SEIS!!!) Copas do Mundo e TODOS disseram que a nossa foi a melhor de todas, disparado!!! Também ouvi isso de mais 9 americanos! Sendo assim, Olimpíadas 2016, aqui vamos nós de novo!
Fatos relevantes:
1) Para a grande maioria dos jornalistas estrangeiros, “a Copa do Mundo tem que ser sempre no Brasil”! Não sou só eu que penso isso, mas também o Financial Times, que numa bem humorada reportagem de Simon Kuper, intitulada “Why Brazil’s already won” (Porque o Brasil já ganhou), destaca o que já era de amplo conhecimento: a Copa no Brasil foi um triunfo! Em seu artigo, Simon, que já participou de 7 Copas do Mundo consecutivas, afirma também que “os brasileiros são um povo encantador. O francês rosna para você. O inglês ignora você. O brasileiro sorri e dá um tapa nas suas costas. Para os jornalistas estrangeiros, cobrir a Copa nas cidades com praias foi uma experiência única”. Ele também listou as causas do nosso sucesso: 1) o sol (ok, para um inglês isso já seria uma vitória e tanto!); 2) as praias, pois ele declarou que: “Passeando em Copacabana, você percebe que uma praia de primeira linha deve ser um elemento obrigatório em todas as Copas do Mundo futuras”; 3) os brasileiros!
2) O Brasil saiu muito bem na foto! Não tivemos caos nos aeroportos (confirmei isto com todos os meus hóspedes!), os estádios ficaram quase todos prontos, os turistas vieram, se divertiram e ficaram satisfeitos com os serviços! Até as manifestações de rua se arrefeceram e os problemas que existiram, tais como filas, falta de comida e as invasões nos estádios, foram todos por culpa da FIFA, responsável direta pela administração desses serviços.
3) Segundo o Portal Brasil, os visitantes internacionais deixaram no nosso país US$ 1,406 bilhões durante a Copa do Mundo, de acordo com balanço divulgado pelo Banco Central. “O Mundial foi um evento grandioso que beneficiou o turismo e projetou positivamente o país no exterior. Já estamos colhendo os frutos de termos recebido bem os estrangeiros, com hospitalidade e serviços turísticos de qualidade”, disse o ministro do Turismo Vinicius Lages. E concluiu afirmando que “Se incluirmos o capital de imagem, os ganhos são ainda mais representativos”.
4) Os itens mais bem avaliados pelos visitantes foram a hospitalidade e a gastronomia, com 98% e 93% de aprovação respectivamente. A segurança pública brasileira foi avaliada positivamente por 92% dos turistas. Os táxis, informações turísticas e transportes públicos foram aprovados por 9 em cada 10 visitantes internacionais e os aeroportos por 8 em cada 10! Surpreso(a)? Eu também! É, fomos a bola da vez, num ótimo sentido!
5) A imprensa internacional classificou a Copa do Brasil como a melhor da história, graças à cordialidade dos brasileiros aliada à boa qualidade dos jogos, que tiveram uma grande quantidade de gols, alguns resultados surpreendentes, como no Holanda 5 x 1 Espanha (vamos esquecer um certo 7 x 1, por favor!). O ganho em termos de imagem para o Brasil foi inestimável, pois a publicidade gratuita que a mídia internacional deu ao país, com seus textos, fotos e vídeos, não tem preço!
6) A revista britânica The Economist, que vem liderando o ranking da imprensa “gringa” que torce contra o sucesso do Brasil, acabou sendo enquadrada pelos seus próprios leitores! A reportagem “Traffic and tempers”, publicada no dia 10/06, exaltando os problemas de mobilidade em São Paulo, às vésperas de receber o mundial, foi rechaçada por leitores dos USA, Japão, Holanda, Inglaterra e Argentina, dentre vários outros. Em contraposição aos argumentos da revista, esses leitores relataram problemas muito semelhantes nos seus respectivos países e exaltaram as qualidades brasileiras, em especial a hospitalidade do povo! Olha ela aí de novo!
7) É, vingança é um prato que se come frio…mas estragado já é demais! Pois então, o grande fiasco do “padrão FIFA” aconteceu com quem menos merecia, quando 40 voluntários da Copa em Brasília passaram mal após consumir as refeições servidas pela entidade no sábado (dia 14/06), um dia antes de o Estádio Mané Garrincha estrear no mundial, com a partida entre Suíça e Equador. Depois disso, não apareceu mais nenhum manifestante desavisado reivindicando saúde e educação “padrão FIFA”!!!
8) O pessimismo que predominava na imprensa mundial foi substituído pelo brilho da festa que os brasileiros fizeram! Então, já está mais do que na hora de acabarmos, de uma vez por todas, com esse complexo de vira-lata que está arraigado no nosso inconsciente coletivo, como uma maldição. Nós mostramos ao mundo que somos um povo alegre, gentil e hospitaleiro, que vai além do clichê carnaval-praia-futebol! Nós provamos a nós mesmos e aos mais pessimistas e descrentes que sabemos receber bem os turistas, também em grandes eventos mundiais! E podemos sim, ser uma excelente opção de destino turístico internacional!
A nossa seleção infelizmente fez um papelão, mas nós batemos um bolão!!!

Um comentário:

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